Fragmentos

UM BRINDE À VIDA

Filó, uma das pacientes mais animadas da Unidade de Saúde, contou que tinha planos de receber o salário e com ele comprar o guarda-roupa que faltava em casa. Quando ela voltou à Unidade de Saúde, a enfermeira lembrou-se de perguntar:

- E daí? Comprou o guarda-roupa?

Filó respondeu:

- Que nada, o dinheiro não deu! Daí comprei uma caixa de cerveja, chamei os vizinhos e tomamos tudo!...

 

BRINCADEIRA!...

Isa, chefe da Unidade de Saúde, estava atrás do balcão da recepção dando instruções à nova funcionária. Do outro lado do balcão estava formada uma fila enorme. Uma das pacientes da fila, irritada com a demora e sem entender o teor da conversa das duas do lado de lá do balcão, chegou perto da Isa e falou:

- Sai daí sua vadia, deixa a moça trabalhar.

 

ERA SÓ O QUE FALTAVA

Entregando um teste anti-HIV negativo a um homem dado a aventuras extra-conjugais, recomendei:

- Cuide-se, por você e por sua esposa. Já imaginou infectá-la com AIDS? Seria uma injustiça, não acha?

Ele respondeu na hora:

- Deus o livre!, já não chega o dinheirão que eu gasto com a diabete dela!...

 

PROFISSÃO DE ALTO RISCO

Maria Teresa estava entregando o resultado do teste anti-HIV a um jovem e bonito bombeiro. Perguntou porquê ele tinha feito o teste, e ele respondeu:

- É que minha profissão é de alto risco.

Maria Teresa, tentando esclarecer para poder orientá-lo melhor, perguntou se ele tinha contato com o sangue das vítimas que atendia. Sorrindo, ele respondeu:

- Não, não é isso. É que no verão eu trabalho de Salva-Vidas na praia e fico rodeado daquela mulherada linda, Aí, uma noite saio com uma, outra noite saio com outra...

 

(Retirado de Viajando no mesmo barco, 1997)