Fragmentos
I
Pertenço a esta coisa
ilógica? (ou lógica?)
Permaneço no meu canto
e não desafio?
Puxo o primeiro fio
enão desfio?
Rompo com o mundo
e dele careço?
Drogo os sentinelas
Das respostas
e resgato
todas as tentativas
propostas.
II
Não há o que desculpar
nem o que culpar.
Não há o deixe pra lá
e engordar
nas poltronas do falso lar
esperando as traças
para devorar.
III
Estou tonta e não descuido
Prossigo
pregressa
Insisto no incesto
Rompo o estampido
desta bala cera
a me entupir os ouvidos.
IV
Não é que seja assim
Quis assim
e não sei outro rumo
O rumo que assim me quis
é o que não deveria
Devaneio
tentando ser o ramo
ou o fruto de um outro rumo
só para virar semente
ir no vendaval
sem destino
sem rumo
sem que seja assim.
(Tácito turno. Rio de Janeiro: 7Letras, 1993).