Fragmentos
Minha mãe
No rútilo santuário da memória
Vejo de minha Mãe o doce vulto,
Narrando-me, sereno, a fiel história
De sua vida, e ao recordá-la exulto:
Extrema singeleza, em vanglória
De homenagens do mundo. Ardente culto
As leis divinas igualando a glória
A caridade em exercício oculto.
Em tais lições os filhos instruia
Com bondade, ternura e complacência
Sob o encanto intangível da poesia;
E, se amava o labor prezando a ciência,
Julgava a religião - sol que a alma guia,
Sublime graça - a paz da consciência.
(Poema disponível em Sesquicentenário da poesia paranaense. Curitiba: Lítero-Técnica, 1985).