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Fragmentos

Bandeira branca

 

Senhor, ouve teu povo aflito

nesse temendo clamor!

No turbilhão das ruas ouve-se um grito:

assaltos, mortes, o desespero da dor.

 

Senhor, baixa a luz do teu santo olhar

sobre essas pobres criaturas drogadas!

Elas esquecem que há Deus para amar,

e desordenadas espalham a violência desvairada.

 

Abre a bandeira branca da paz, Senhor,

e acalma o desespero do teu povo aflito

nesse clima tortuoso, cheio de incerteza e temor!

 

O teu rebanho está assustado, cansado e oprimido.

Na tua bondade, lá da imensidão do infinito,

faz renascer a esperança, a paz e a fé neste mundo aturdido!

 

Envelhecemos rindo

 

Dentro d’alma dolorida

tenho o perfume teu,

ó mocidade querida,

que há muito já me esqueceu.

 

Os anos que vão passando

vão me acabando sem dó

mas estou feliz sempre cantando

pois eu já sou bisavó

 

Com a proteção de Jesus,

quero envelhecer sorrindo,

carregando a minha cruz.

 

Perdura em mim a esperança

de continuar sempre feliz.

Beijo as flores ressequidas

das minhas primaveras

com o mesmo encanto e alegria

dos esvoaçantes colibris. 

                                                                             

Poemas retirados de: ACADEMIA DE LETRAS DE MARINGÁ. Coletânia 2002. Maringá: Bertoni Gráfica e Editora, 2002.