A escritora por ela mesma
Poesia, como diz Manoel de Barros, é voar para fora da asa. Desde que me conheço por gente faço poesia, mas na verdade não sei sou poeta. A motivação, talvez, seria dar um sentido à nossa temerária existência. Ou, ainda, uma forma de não enlouquecer. Minha poesia carrega as minhas origens, as lembranças de infância, a angústia, o medo, a miséria, o devaneio, enfim, a inquietação da condição humana. Em Ruptura, reuni poemas de uma fase de solidão, dos 18 aos 22 anos. De certo modo, falei das rupturas que todo ser humano enfrenta em sua vida, do nascer ao morrer. O balde vermelho, ainda não lançado oficialmente, traz a simbologia do universo rural na poesia de mesmo nome.