Fortuna Crítica
Os organizadores da Antologia do Vale do Iguaçu II assim disserta sobre a poeta:
A poeta com sua voz nos faz transitar pelos desvãos do seu fazer poético, colocando a poesia, às claras, tecendo sua relação com o mundo da palavra, transição entre a perseguição e a celebração do encontro: seus versos são modulações do nutrir-se e espraiar-se, a vida e a linguagem se apresentando nas multifaces da poesia. Esta poderia ser encontrada nas "mãos invisíveis" que semeiam e espalham as sementes do velho cantar, nos momentos que em nós brotam, irrigados pelo desencadear de lembranças que a leitura de seus poemas nos fazem sentir. Sueli Pinto nos deixa também às claras ao desenterrar os sonhos em seus "caminhos de papéis e tintas". Poesia visceral como o sonho, o amor e a vida (des)encadeados no sentimento catártico que nos passa. Segundo Delbrai Augusto Sá, na descrição do primeiro livro de Sueli "Toda mulher", "seus versos são carregados de extrema dose de amor, paixão e erotismo que, nem por isso, se aproxima do mal gosto ou da pieguice literária".
Antologia do Vale do Iguaçu II. Organizado por Bernardete Ryba... (et all). União da Vitória: FAFIUV, 2010. p. 218.