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SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE TRABALHO NA AGRICULTURA 2016

Realidades complexas e transformações no trabalho em uma diversidade de modelos agrícolas

Programação Final

Inscrições (participantes do Brasil) / Registration (foreign participants)

 

 Universidade Estadual de Maringá  (Paraná, Brasil)

 

Visita à COPAVI

 

Em 21 de julho, Julio Cesar Damasceno, Marino Eligio Gonçalvez e Sandra Mara Schiavi Bánkuti, professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e membros do comitê organizador do Simpósio Internacional sobre Trabalho na Agricultura (SWA), visitaram a COPAVI (“Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória”). COPAVI é uma cooperativa formada por agricultores em um assento de reforma agrária em Paranacity, no norte do Paraná. Entre os principais produtos da cooperativa, encontram-se os derivados da cana de açúcar (açúcar mascavo, cachaça e melado) e produtos lácteos (leite fluido e iogurte), distribuídos em mercados nacionais e internacionais. COPAVI é um modelo em termos de organização coletiva do trabalho e produção agroecológica e orgânica em assentamentos da reforma agrária no Brasil, e uma das organizações programadas para a visita técnica  do SWA em 11 de novembro. 

Apresentação

Segundo o Banco Mundial, a agricultura é o setor que mais emprega no mundo, representando 30% da população trabalhadora em 2010 e ultrapassando a casa de um bilhão de pessoas atualmente.

As relações entre capital e trabalho, família e trabalhadores remunerados e, mais amplamente, formas de organização de trabalho (taylorismo, delegação, cooperação e ajuda mútua) se cristalizam em torno de modelos de “sistemas agrícolas”, combinando uma variedade de ambições produtivas, níveis de mecanização/automação e formas de organização de trabalho.

  • Modelos “high tech” com alta produtividade de trabalho, onde o agricultor e empregados altamente especializados analisam e interpretam sistemas de informação, cada vez mais precisos, sobre safras e produções de animais.

  • Modelos com foco na agroecologia familiar, às vezes com trabalhadores remunerados e auxílio mútuo, são transformados em circuitos alimentares locais.

  • Modelos de agro comércio em grandes escalas, delegação de planejamento de revezamentos e operações técnicas para empresas de trabalho agrícola e engenheiros agrônomos.

  • Modelos de comunidade agrícola de subsistência com superávit.

Tais modelos representam apenas os extremos, já que a maioria dos agricultores se ajuda mutuamente, contribuindo assim para a diversidade.

Transformações de sistemas agrícolas são marcadas por desafios cada vez mais importantes na questão de meio ambiente, segurança alimentar e competitividade de empreendimentos. Como estas transformações colocam o trabalho agrícola em discussão?

 

Entretanto, o trabalho agrícola tem também mantido uma dimensão territorial e social muito forte: ele dá lugar e posição a todos; ele alimenta, protege e mantem estável uma população rural e fortalece ações solidárias amplamente fundadas em relacionamentos culturais e locais com a natureza, a citar a expressão “ménage des champs et des animaux” (gerenciamento de agricultura e pecuária) de um dos fundadores da agronomia, o francês Olivier de Serres (1539 - 1619), cujas funções econômica, social e ambiental do trabalho agrícola coexistem.

Essas funções podem, algumas vezes, parecer complementares na zona rural, mas elas também podem ser distorcidas ou deslocadas.

 

Objetivos do Simpósio Internacional sobre trabalho na agricultura

Os objetivos deste Simpósio Internacional, organizado pela Universidade Estadual de Maringá de 8 a 11 de Novembro de 2016, são os seguintes:

  1. Proporcionar conhecimento acerca das mudanças e transformações no trabalho agrícola.

  2. Valorizar a diversidade e dinâmica de formas de organização de trabalho em diferentes modelos agrícolas (familiar, agro comércio, high tech, dentre outros).

  3. Discutir sobre o futuro do trabalho masculino e feminino, sobre os trabalhadores familiares e empregados remunerados.

Portanto, o evento envolve reflexões e discussões multidisciplinares acerca do trabalho na agricultura, integrando a dinâmica de territórios e setores, bem como as pressões ambientais exercidas sobre o setor agrícola.

O tema comum ao simpósio: pensar o trabalho ligado à diversidade de modelos agrícolas.

Este Simpósio Internacional tem como prioridade reunir e consolidar uma larga comunidade de pesquisadores, acadêmicos e orientadores dedicados a estudar as diversas facetas que constituem o “ trabalho na agricultura”. O tema comum é a referência à diversidade de modelos agrícolas (da indústria high tech à agroecologia familiar) no sentido de explorar o seguinte:

  • Emprego e remuneração de trabalho e as diferentes ocupações dos trabalhadores rurais.

  • Condições operacionais da atividade agrícola (forma de organização de trabalho, ritmo e pressões, saúde no trabalho, campo profissional).

  • Acessibilidade às profissões (estrutura, educação e treinamento contínuo nos diversos aspectos de trabalho, aprimoramento de habilidades, dentre outros).

  • Identidades profissionais em discussão no mundo agrícola e imagem que ocupações agrícolas vistas a partir do outro, ou seja, de fora do contexto rural (cidades, sociedade como um todo, arredores e a própria família).

 

Organização do Simpósio Internacional

  • Este Simpósio está organizado em Oito Workshops Temáticos e as chamadas para apresentação de trabalhos estão abertas desde Dezembro de 2015. Os Workshops serão distribuídos em comunicações orais e sessões de posters, os quais serão enriquecidos com conferencias a serem proferidas por pesquisadores convidados e mesas redondas sobre as transformações no trabalho agrícola. Também terão espaço importante os atores e problemas da América Latina, o qual estará aberto para ouvintes de outras regiões do mundo.

 

As temáticas do Simpósio serão as seguintes:

 

 

  1. Políticas de emprego e sustento da renda agrícola;

  2. Dinâmica do trabalho agrícola em contexto de mudança global;

  3. Trabalho feminino na agricultura;

  4. Transformações na organização do trabalho na agricultura;

  5. Saúde no trabalho;

  6. Transformações nas identidades profissionais e imagens das ocupações agrícolas;

  7. Orientação e treinamento no trabalho;

  8. Inovações (tecnológicas, sociais e mercadológicas) no trabalho agrícola.

 

 

Seja benvindo ao Simpósio Internacional sobre trabalho na agricultura

 

Convidamos você a submeter seu resumo para comunicação ou poster, a fim de contribuir para este grande evento científico com impacto para o setor agrícola, considerando as múltiplas facetas do trabalho na agricultura a serem discutidas.


Dr Julio Damasceno (UEM, Brasil, Presidente da Comissão Organizadora)

Dr Benoît Dedieu (INRA, France, Presidente da Comissão Científica)

 

SWA

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