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Fragmentos

Santa moreninha

 

                Desca’regados na mata. No meio da noite, bicho peluda uivando. Sacos na cabeça, ‘sperando, ’sperando que dia assim acabasse.

                Gente veio em falange, tuda junta, olhando a mata descendo fria, chuvinha molhando a fe’ramenta, a roupa do corpo.

                Santa moreninha ia ajudar. Fé não ia acabar, nem com o medo daquela mata. Crentes velhos da te’rinha diziam: “era agora nossa.”

                Gente não conseguia ver. Mata impedia.

                Este mato...

                — Tá precisando de uma boa se’ra — disse Stanislau Bronski.

                Onde uma se’ra aqui?

Ba'ranco azulado

 

                Fizemos picadon. Muitas picadas.

                Plantamos taiá. Tinha um matinho rasteiro que dava num ba'ranco azulado, tão azul... A gente pegou o mato fez uma coroa, ponhou na cabeça da Tecla, da Stanislava e da Brunislava. Elas dançaram, dançaram até que a trança se desenrolou no chão.

                Esperei meu nenenzinho na roça, que já estava dando.

                Ele nasceu, trouxe ele no aventalzinho para a casa. Matei galinha, fiz a canja. Aí fui na cama deitar.

 

(retirado da obra: IURTEversus ISBÁ: contos eslavos, 1995)